terça-feira, 1 de maio de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Celebrar um golo de qualquer clube é um acto de liberdade. Celebrar um golo do Benfica é um acto de liberdade e de bom gosto
Aqueles que acusaram a RTP de perseguição aos vermelhos estavam certos apenas em parte. Este novo macartismo é, na verdade, daltónico. Amanhã acontecerá o mesmo com adeptos do Sporting, do Porto, do Braga, do Arrifanense. Não se admite que quem fala de futebol goste de futebol. Quantos dos nossos amigos que se interessam por futebol e gostam de falar sobre ele não têm clube? Quantos dos que apreciam literatura não têm escritores preferidos? Quantos dos que sabem de música não se emocionam mais com um compositor do que com outro? E, no entanto, a esmagadora maioria dos comentadores de futebol que vemos na televisão não tem clube preferido. São apenas entusiastas assépticos das transições defensivas, burocratas da basculação, geómetras do duplo pivô. Não são exactamente seres humanos. São semideuses que não se deixam afligir pelas paixões da alma. Ora, estes comentadores, tal como João Gobern, não relatam factos, comentam. Exprimem opiniões. O que torna o seu trabalho muito mais difícil, uma vez que os robôs não têm opiniões. Os comentadores políticos podem manifestar a sua preferência por determinado programa político ou líder partidário. Nenhuma estação dispensa um crítico de cinema quando exprime regozijo por um filme ou um artista da sua predilecção ter vencido um prémio. No futebol, talvez por ser matéria mais importante que a política e a arte, não se admitem gostos.
Há uma única excepção. Quando a brava selecção lusitana defronta a estrangeirada bárbara, não só os comentadores como os próprios jornalistas podem festejar o que quiserem, designadamente atirando ao ar os papelinhos que resultaram de terem rasgado o código deontológico. No futebol, o amor à pátria é o único que se tolera.
Parece-me mais proveitoso que quem exprime opiniões sobre futebol tenha mesmo opiniões sobre futebol. E parece-me mais honesto que não as esconda. Pessoalmente, nunca escondi que sou do Benfica, não por uma questão de honestidade mas de imodéstia: ser benfiquista é a minha melhor qualidade - se não for a única. E não tenho grandeza de carácter suficiente para a manter secreta. Um adepto do Vasco da Gama chamado Carlos Drummond de Andrade escreveu: "Para o diabo vá a razão quando o futebol invade o coração." Felizmente, a RTP já não foi a tempo de lhe mergulhar o coração em formol.
Loureiro para o Panteão, já!
Jorge Coelho para o Mosteiro de Alcobaça, já!
Sócrates para a Torre de Belém, já!
A Torre de Belém não, que é tão feia. Para a Batalha. Fora com o Soldado Desconhecido, o Gama, o Herculano, as criaturas de pacotilha com que os livros de História nos enganaram. Que o Dia de Camões passe a chamar-se Dia de Armando Vara
sábado, 21 de abril de 2012
quarta-feira, 18 de abril de 2012
O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à
quantidade de "foda-se!" que ela diz.
Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?
O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me uma
pessoa melhor.
Reorganiza as coisas. Liberta-me.
"Não quer sair comigo?! - então, foda-se!"
"Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! - então,
foda-se!"
O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição.
Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos
extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário
de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos
mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua
língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que
vingará plenamente um dia.
"Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor a
ideia de muita quantidade que "comó caralho"?
"Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressão
matemática.
A Via Láctea tem estrelas comó caralho!
O Sol está quente comó caralho!
O universo é antigo comó caralho!
Eu gosto do meu clube comó caralho!
O gajo é parvo comó caralho!
Entendes?
No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando a
mais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!".
Nem o "Não, não e não!" e tão pouco o nada eficaz e já sem
nenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem.
O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto.
Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades
de maior interesse na tua vida.
Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro
para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência.
Solta logo um definitivo:
"Huguinho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!".
O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro
Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema,
e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...)
Há outros palavrões igualmente clássicos.
Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou o seu
correlativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente,
sílaba por sílaba.
Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", dito
assim, põe-te outra vez nos eixos.
Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se
reorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar um
merecido troco ou livrares-te de maiores dores de cabeça.
E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a sua
maravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"?
Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus
quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de
seu interlocutor e solta:
"Chega! Vai levar no olho do cu!"?
Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima.
Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar
firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado
amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de
maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E a
sua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!".
Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para
uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de
ameaçadora complicação?
Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor
num providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo
assim como quando estás a sem documentos do carro, sem
carta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a
mandar-te parar. O que dizes? "Já me fodi!"
Ou quando te apercebes que és de um país em que quase nada
funciona, o desemprego não baixa, os impostos são altos, a
saúde, a educação e … a justiça são de baixa qualidade, os
empresários são de pouca qualidade e procuram o lucro fácil e
em pouco tempo, as reformas têm que baixar, o tempo para a
desejada reforma tem que aumentar … tu pensas “Já me fodi!”
Então:
Liberdade, Igualdade, Fraternidade e foda-se!!!
Mas não desespere:
Este país … ainda vai ser “um país do caralho!”
Atente no que lhe digo!
domingo, 15 de abril de 2012
sábado, 14 de abril de 2012
domingo, 1 de abril de 2012
Falcão que se cuide...
Falcão que se cuide... Siga-nos em: | | | Diário de informação generalista especializado em desporto. Diretor: Alexandre Pais. FOTOS · VÍDEOS · INFOGRAFIAS · Tatiana Ramos é uma famosa manequim colombiana que apresenta atri... |
sábado, 31 de março de 2012
sábado, 24 de março de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
quarta-feira, 21 de março de 2012
Posso ser prejudicado ou discriminado por fazer greve?Não. É totalmente proibido coagir, prejudicar e discriminar o trabalhador que aderiu a uma greve. A coação do trabalhador para não aderir a uma greve e/ou discriminação por o ter feito constituem contra-ordenação muito grave e dão origem a pena de multa.
terça-feira, 20 de março de 2012
..Cenas escaldantes na Luz..
Sim, é verdade que o Benfica já goleou o FC Porto por 12-2 e que o FC Porto já ganhou na Luz, por5-0, em noite de Supertaça e que nos últimos três jogos quem saiu vencedor foi o fcp, e o desfilar de
resultados curiosos seria interminável, pelo que não é fácil eleger um jogo dos que ficaram para a
história. Mas hoje aconteceu resultado de que tão breve não esqueceremos mesmo sendo para a taça
da liga 3 a 2, estava difícil matar o borrego daaaaa-ssssse
sexta-feira, 16 de março de 2012
" I'm 56 and I'm tired "
cansado de que me digam para eu baixar o meu padrão de vida para lutar contra o aquecimento global, o qual não me é permitido debater.
estou cansado de ouvir políticos de quase t os partidos falarem sobre erros inocentes, erros estúpidos ou erros da juventude, quando todos sabemos que eles pensam que seus únicos erros foi serem apanhados. Estou cansado de pessoas com senso do direito... Rico ou pobre.
estou realmente cansado de pessoas que não assumem a responsabilidade por suas vidas e acções. Estou cansado de ouvi-los culpar tudo e todos, de discriminação pelos "seus problemas" .
E começo a ficar demasiadamente cansado, pois os meus Pedros, Saras, Brunos, Brunas com os respectivos filhos irão ficar cansados mais rapidamente, e, temo que o desenlace do cansaço deles não se torne igual ao meu demasiadamente cansado....
quinta-feira, 15 de março de 2012
sexta-feira, 9 de março de 2012
sábado, 3 de março de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
sábado, 25 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
“Towards a World War III Scenario: The Dangers of Nuclear War”.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
domingo, 19 de fevereiro de 2012
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Depois do P. Ministros nos ter mandado emigrar, depois de dizer que somos piegas, agora vem este MONTE DE MERDA, saído da JUVENTUDE do CDS, dizer que, os funcionários que não estiverem satisfeitos, têm a “porta da rua, como serventia da casa”. Ou seja, quem não estiver bem e não aceitar mais estas medidas, nomeadamente esta Mobilidade que se quer selvagem, segundo este GRANDE PEDAÇO DE MERDA, que se despeça.
Eu não gosto de ser rude, usar de palavras feias e mal-educado, mas que me perdoem, e não falo como militante de um partido, falo cidadão, como é que um miúdo, um proveta, vem a público dizer coisas como as que disse. Será que doem, ultimamente mais, estas farpas ao povo, do que a própria austeridade?
Sou contra a violência, acho deplorável o que os manifestantes estão a fazer na Grécia, mas começo a pensar, não estaremos a ser brandos demais? Não sei! O que sei, é que vamos ouvindo e calando, amanhã já ninguém se lembra. Tenho de desabafar: se há povo que tem o “olho do cú” bem aberto, e vai continuar a deixar que o abram mais, são os portugueses, incluindo eu, mas hoje, ao escrever isto, resolvi aperta-lo um bocadinho.
Tenho as certezas que são muitos, a maioria, dos apoiantes do CDS, que não se revêem nestas afirmações.
Aqui deixo uma foto do ex-jotinhas, actual deputado da Nação. Para mim, apenas e só, depois das suas afirmações, um MONTE DE MERDA (dos grandes).
João Ramos
Nas legislativas de 2011 os portugueses não elegeram um primeiro-ministro, elegeram um comandante do corpo de fuzileiros. O resultado foi este regime híbrido que combina a democracia com a ditadura militar. É uma democracia militar. Há dez milhões de recrutas que necessitam de formação e Pedro Passos Coelho berra-lhes aos ouvidos exactamente as mesmas palavras de incentivo que todos os soldados ouvem durante a recruta.
Todos os analistas inteligentes perceberam há muito que a nossa democracia sofreu uma pequena alteração nas últimas eleições. E eu começo a perceber agora: nas legislativas de 2011 os portugueses não elegeram um primeiro-ministro, elegeram um comandante do corpo de fuzileiros. O resultado foi este regime híbrido que combina a democracia com a ditadura militar. É uma democracia militar. Portugal fez um intervalo na sua existência como país e passou a ser uma caserna. Há dez milhões de recrutas que necessitam de formação e Pedro Passos Coelho berra-lhes aos ouvidos exactamente as mesmas palavras de incentivo que todos os soldados ouvem durante a recruta. A diferença é que o tratamento é mais bruto do que na tropa e as condições de vida são piores.
É difícil distinguir a linguagem político-militar da linguagem militar simples. Os recrutas, na tropa, ouvem que a boa vida que tinham antes acabou. Que quem acha que não aguenta deve sair. Que são preguiçosos. Que têm de fazer sacrifícios pela pátria. Que devem deixar de ser piegas. Os portugueses, na caserna, ouvem o mesmo: que viviam acima das suas possibilidades, e por isso a boa vida que tinham antes acabou. Que quem acha que não aguenta deve emigrar. Que são preguiçosos, e por isso têm de trabalhar mais, dispor de menos feriados, deixar de festejar o Carnaval e ter férias menores. Que têm de fazer sacrifícios pela pátria, empobrecendo. E que devem deixar de ser piegas. Passos Coelho está a fazer de nós homens. Na impossibilidade de nos aplicar, como castigo, séries de 20 flexões de braços, cobra impostos. Flectimos o braço na mesma, mas é para ir buscar a carteira ao bolso. É duro, mas tem de ser. Porque Passos Coelho sabe melhor do que ninguém o que acontece àqueles portugueses menos esforçados, cuja capacidade de trabalho lhes permite arranjar emprego apenas nas empresas dos amigos, e que por opção, e não por necessidade, deixam a conclusão da licenciatura lá para os 37 anos: podem chegar a primeiro-ministro. E esse é um destino trágico que ele não deseja aos seus compatriotas.
A meio da recruta, o soldado faz o juramento de bandeira. O contribuinte português fará, suponho, o juramento de pin. Jura-se pela bandeira na mesma, mas é aquela bandeirinha de plástico que enfeita a lapela do primeiro-ministro.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Michael Moore entrevista Tony Benn
....não é preciso ser comunista,
....nem sequer socialista
....basta ser democrata
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Ele surge como um terremoto e depois diminui.
E quando ele desaparece você tem que tomar uma decisão.
Você tem que descobrir se suas raízes ficaram tão entrelaçadas que é inconcebível que você deve sempre parte.
Porque é isso que é o amor.
O amor não é falta de ar, não é emoção, não é a promulgação de promessas de eterna paixão.
Isso é apenas "estar apaixonado", que qualquer um de nós podemos nos convencer que somos.
O amor em si é o que sobra quando e O amor é uma loucura temporária.
Ele surge como um terremoto e depois desaparece.
E quando ele desaparece você tem que tomar uma decisão.
Você tem que descobrir se suas raízes ficaram tão entrelaçadas que é inconcebível que você deve participar cada vez.
Porque é isso que é o amor.
O amor não é falta de ar, não é emoção, não é a promulgação de promessas de eterna paixão.
Isso é apenas "estar apaixonado", que qualquer um de nós podemos nos convencer que estamos.
O amor em si é o que sobra quando o fogo da paixão se apaga,
e isto é uma arte
e um feliz acaso.
- São Agostinho
domingo, 12 de fevereiro de 2012
sábado, 11 de fevereiro de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Meus amigos quando houver outra opurtunidade não percam pois vale bem a pena —
em Páteo Alfacinha.
domingo, 29 de janeiro de 2012
o home tem tomates
o home tem tomates
Arménio: Trabalhadores têm direito a resistir a ordens ilegítimas]
O recém-eleito secretário-geral da CGTP diz ser contra a violência, mas defende também que os trabalhadores têm o direito de se defender
Miguel Marujo e Nuno Aguiar | 28/01/2012 | 21:58
Existe algum medo que a CGTP que saia deste congresso seja um pouco menos plural.
Se fosse menos plural não havia a possibilidade de outros camaradas se terem manifestado, votado e até feito declarações. Não acredito que haja maior pluralismo noutra organização.
Que pontes vai estabelecer no futuro com as tendências minoritárias dentro da CGTP e com a UGT?
Não funcionamos na CGTP numa lógica de parlamentarização, mas sim de intervenção sindical. Costumo repetir até à exaustão que quando se procurar encontrar aqui grandes diferenças de opinião ou grandes divergências, elas não existem.
E em relação à UGT?
Há diferença de fundo. Não só de o projecto ser diferente do nosso, como de atitudes e posicionamentos que nós não consideramos corretos para a defesa dos direitos dos trabalhadores. O último dos quais foi a assinatura do compromisso [para o crescimento, competitividade e emprego].
As últimas declarações de João Proença e a vossa reacção a elas queimaram definitivamente essa ponte?
Já disse ao João Proença que aquela saída que ele teve foi mais para desviar as atenções face às inúmeras críticas que estava a ser alvo devido ao documento que assinou, do que propriamente a por serem verdade. Aquilo que ele disse não é verdade. A partir daqui cada um segue o seu caminho. Dia 2 de fevereiro teremos uma luta em várias empresas do sector dos transportes, na qual estão vários sindicatos envolvidos, incluindo os da UGT.
Nesta altura de desemprego e precariedade ganham em juntar-se. A porta continua aberta para isso?
Tudo o que seja unidade na acção para responder a problemas concretos dos trabalhadores, a CGTP fará todas as diligências para que isso se concretize. Mas essas diligências não são feitas em termos das direcções, elas resultam da disponibilidade e da vontade dos trabalhadores no terreno.
Mantêm-se disponíveis para continuar a ir ao espaço de Concertação Social apresentar as vossas propostas?
Não abdicamos de intervir nalgum espaço, seja ele qual for.
Mas já o abandonaram-no prematuramente.
Não. O que fizemos foi andar durante três ou quatro meses a alertar que o que se estava a fazer não era negociação, era imposição e que aquele não podia ser o caminho. O governo insistiu e apresentou uma proposta final concebido nas costas dos trabalhadores, em corredores e salas escuras, às escondidas. Reuniões sem a CGTP. Ficar lá era credibilizar um negócio que era fraudulento.
A UGT diz que conseguiu amenizar aquilo que seriam propostas ainda mais negativas.
Estou farto de procurar e ainda não consegui encontrar qualquer proposta que tenha amenizado significativamente a coisa. Se analisarmos o memorando e este acordo, venha o diabo e escolha. Neste acordo, em muitos casos, é agravado aquilo que estava no memorando.
Que mensagem deixa aos trabalhadores neste contexto tão negativo?
Seriedade e disponibilidade total para estar ao lado deles. Sejam os que estão a lutar pelo emprego, os que estão no desemprego, os que estão a lutar contra a precariedade ou por melhores salários. São eles que têm de contribuir decisivamente para resolver os problemas connosco. Isto não se resolve com sebastianismos, mas sim com uma intervenção colectiva.
É frustrante assumir o cargo de secretário-geral num momento em que parece que todos se dobram perante esta onda de austeridade?
Aqui não se atira a toalha ao chão, aqui resiste-se, aqui luta-se por aquilo que se defende e se acredita. Este país tem futuro, os trabalhadores não estão condenados a ver a andar para trás a roda da história. Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance.
É possível que se atinjam níveis de tensão social em Portugal como na Grécia?
Somos contra a violência, mas também não admitimos que os direitos dos trabalhadores não sejam efetivados nos locais de trabalho, que não tenham liberdade para dizerem o que pensam e aquilo a que têm direito. É uma outra violência que todos os dias se abate sobre os trabalhadores, que nos agride do ponto de vista financeiro, físico e mental. É um crime aquilo que se passa em muitas empresas deste país.
Não era a primeira vez que trabalhadores responderiam com maior agressividade. Será justificável medidas mais drásticas perante o que está a acontecer?
Há um artigo da Constituição que diz que os trabalhadores têm direito à resistência contra ordens ilegítimas que ponham em causa os seus direitos, liberdades e garantias. A partir daqui têm direito a defender-se. Precisamos de alargar cada vez mais o nosso espaço de contestação e isso faz-se não pela violência, mas pela persuasão, pelo envolvimento, levando os trabalhadores a acreditar que podem e devem participar.
Há um nome incontornável neste congresso, o de Carvalho da Silva, na hora da saída. Imagina algum percurso político, fora do mundo sindical, para Carvalho da Silva.
É uma boa pergunta para ele.
Não pedindo uma avaliação do trabalho de Carvalho da Silva, ao fim de 25 anos, são sapatos difíceis de calçar?
Eu acho que ele calça um número superior ao meu. (risos)
Não sente uma responsabilidade acrescida?
É uma responsabilidade pesadita. Mas isto faz-se com o coletivo. Há um ou outro dirigente que se torna mais mediatizável, mas nós quando temos uma possibilidade de passar mensagens para o exterior, estamos a refletir muitas opiniões de outros camaradas que não aparecem, que dão muitos contributos.
Deixa-o nervoso a imagem que Carvalho da Silva deixa? Agora têm de o conhecer a si...
Até se criou um anátema, um comunista ortodoxo, um perigoso ortodoxo.
Como vê essa ideia que se está a formar?
Dá-me gozo, as pessoas falam do que não sabem, sobretudo as que não me conhecem, mas tudo bem, faz parte do sistema. Pode ser que se enganem.
Terá a ver com o facto de pertencer ao Comité Central do PCP?
Tem a ver com um preconceito anticomunista. A minha preocupação como dirigente sindical é se pertencesse a um partido que fazia ou defendia uma política contrária aquilo que defendo. Isso é que me preocupava. Das duas uma, ou deixava o movimento sindical, ou deixava o partido – conciliar as duas coisas, eu não conciliava.
Está a dar algum recado às pessoas do PS na CGTP?
Não, não, não dou recados a ninguém. Estou a dar a minha opinião.
Não sente que o partido o vá condicionar?
O PCP é o partido em Portugal que mais fez pelas liberdades e pela democracia e que mais se empenhou na organização sindical do movimento operário.
Entrevista conjunta com Raquel Martins, do jornal Público
© Dinheiro Vivo
sábado, 28 de janeiro de 2012
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
domingo, 1 de janeiro de 2012
O teu início de sessão no Facebook recente
Olá, Americoaze. Recentemente, uma sessão foi iniciada na tua conta do Facebook através de um código de confirmação e do endereço de e-m...
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, ..Cenas escaldantes na Luz.. S im, é verdade que o Benfica já goleou o FC Porto por 12-2 e que o FC Porto já...