Setenta personalidades portuguesas assinaram e enviaram uma carta-aberta ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a pedir a sua demissão, por considerarem que a política seguida pelo Executivo está a
"fazer caminhar o país para o abismo".
Os signatários da carta garantem que as medidas de austeridades anunciadas pelo executivo liderado por Pedro Passos Coelho excederam as que constam, quer no programa eleitoral do PSD, quer no Programa de Governo "e as consequências têm um forte impacto sobre os portugueses".
A carta-aberta foi enviada ao primeiro-ministro e uma cópia seguiu igualmente para Belém, para o presidente da República, Cavaco Silva.
Na missiva, assinada por personalidades de vários quadrantes da sociedade portuguesa, como Mário Soares, Siza Vieira e Júlio Pomar, os signatários consideram que "austeridade custe o que custar" está a empobrecer o país.
"Perdeu-se toda e qualquer esperança", escrevem, criticando o desmantelamento das funções sociais do Estado, a alienação de empresas estratégicas, os cortes nas pensões, nas reformas e nos salários, o incentivo à emigração e o crescimento do desemprego.
Com as falhas verificadas em todas as previsões económicas, acusam o Executivo de Pedro Passos Coelho de ter "um fanatismo cego" que está a fazer "caminhar o país para o abismo".
Classificam ainda o Orçamento do Estado, aprovado na segunda-feira, de "injusto, socialmente condenável e portador de disposições de constitucionalidade duvidosa".
E, perante este cenário, os signatários apelam ao primeiro-ministro para que "retire as consequências políticas que se impõem, apresentando a demissão ao Senhor Presidente da República, poupando assim o País e os Portugueses ainda a mais graves e imprevisíveis consequências".
Entre os signatários desta carta estão dirigentes do PS e do Bloco de Esquerda (casos de Fernando Rosas e Daniel Oliveira), sindicalistas (com particular destaque para o ex-líder da CGTP-IN Carvalho da Silva), professores universitários e figuras ligadas ao meio da cultura.
Subscrevem ainda o documento Adelino Maltez (professor universitário), Alfredo Bruto da Costa (sociólogo), Alice Vieira (escritora), Siza Vieira (arquitecto), Ana Sousa Dias (jornalista), Dias da Cunha (empresário), António Arnaut (advogado), António Reis (professor universitário), Boaventura Sousa Santos (professor universitário), Carlos Trindade (sindicalista), Duarte Cordeiro (deputado do PS), Clara Ferreira Alves (jornalista), Ferro Rodrigues (ex-líder do PS e deputado), Eduardo Lourenço (professor universitário), Helena Pinto (deputada do Bloco de Esquerda), Inês de Medeiros (deputada do PS), Maria de Medeiros (realizadora e atriz), Jaime Ramos (medido e ex-deputado do PSD), Joana Amaral Dias (professora universitária) e Medeiros Ferreira (antrigo ministro dos Negócios Estrangeiros).
Assinam ainda o documento João Galamba (deputado do PS), Pedro Delgado Alves (ex-líder da JS), Mário Jorge (médico), João Torres (líder da JS), João Cutileiro (escultor), João Ferreira do Amaral (economista), Júlio Pomar (pintor), Manuel Maria Carrilho (ex-ministro da Cultura), Pedro Abrunhosa (músico), Pilar Del Rio Saramago (jornalista) e Teresa Pizarro Beleza (jurista).
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
domingo, 25 de novembro de 2012
GOSTO DESTES DOMINGOS DE INVERNO
O padeiro já deixou o pão aqui à porta, ouvi.
Ouço o vento correr lá fora, hoje parece ter acordado louco, as pingas de chuva c aem lentamente como que para baixar a temperatura desse devaneio, a luz do dia está no nível certo para um Domingo de amor.
Gosto da agitação da semana, da correria do Ser Humano na procura de algo que não se vê, gosto de ser como os outros, ativo e interventivo.
Mas nada se compara ao prazer do nosso lar, de te sentir nos meus braços e ouvir o teu respirar carinhoso quando adormeces no meu peito, gosto de ver a dança das chamas que a lareira nos oferece, de te dar um beijo no rosto e sentir o que sempre sinto.
Gosto de almoçar calmamente o que cozinhei para ti ou cozinhaste para mim, depois de abrirmos uma garrafa de vinho que respira para nos fazer sorrir a alma, gosto de arrumar a mesa conjuntamente contigo, como que a prepararmos a tarde de sofá que nos aguarda.
Um livro é uma pausa na construção do nosso amor, um momento em que o silêncio é do tamanho do desejo de nos ouvirmos.
Gosto destas manhãs serenas de Domingo e destas tardes em que pintamos quadros que não expomos mas que são a verdadeira cor da nossa vida.
Gosto de ti.
Gosto destes Domingos de inverno.
O padeiro já deixou o pão aqui à porta, ouvi.
Ouço o vento correr lá fora, hoje parece ter acordado louco, as pingas de chuva c aem lentamente como que para baixar a temperatura desse devaneio, a luz do dia está no nível certo para um Domingo de amor.
Gosto da agitação da semana, da correria do Ser Humano na procura de algo que não se vê, gosto de ser como os outros, ativo e interventivo.
Mas nada se compara ao prazer do nosso lar, de te sentir nos meus braços e ouvir o teu respirar carinhoso quando adormeces no meu peito, gosto de ver a dança das chamas que a lareira nos oferece, de te dar um beijo no rosto e sentir o que sempre sinto.
Gosto de almoçar calmamente o que cozinhei para ti ou cozinhaste para mim, depois de abrirmos uma garrafa de vinho que respira para nos fazer sorrir a alma, gosto de arrumar a mesa conjuntamente contigo, como que a prepararmos a tarde de sofá que nos aguarda.
Um livro é uma pausa na construção do nosso amor, um momento em que o silêncio é do tamanho do desejo de nos ouvirmos.
Gosto destas manhãs serenas de Domingo e destas tardes em que pintamos quadros que não expomos mas que são a verdadeira cor da nossa vida.
Gosto de ti.
Gosto destes Domingos de inverno.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
A Maria da Fonte Era Uma Arruaceira...?
A Maria da Fonte Era Uma Arruaceira...?
( Da Greve geral de 14 de Novembro de 2012)
“A revolta resultou das tensões sociais remanescentes das guerras liberais, exacerbadas pelo grande descontentamento popular gerado pelas novas leis que se lhe seguiram de recrutamento militar, por alterações fiscais e pela proibição de realizar enterros dentro de igrejas....
...O resultado foi uma nova guerra civil de 8 meses, a Patuleia, que apenas terminaria com a assinatura da Convenção de Gramido, a 30 de Junho de 1847, após a intervenção de forças militares estrangeiras ao abrigo da Quádrupla Aliança.
(in Wikipedia)
Não vos vou relatar a Revolução da Patuleia, nascida em um tempo de total fragilização de uma corte que chegara a abandonar “o país”, (mas não o Império que na altura era o que contava...), mas sim procurar refletir sobre a Greve Geral de ontem.
Alguns cronistas verberam contra o sucedido, dizendo que, tal como o governo, um bando de arruaceiros se aproveitaram da manifestação da CGTP para, mais uma vez, manchar a boa imagem do país, com a consequência da sua violência – a ainda maior violência das forças do CI!
Entretanto, ao lado destes acontecimentos, os media noticiavam que a produção em Portugal baixava, que o Desemprego afectava já algo entre 871 000 cidadãos a 1 500 000 Cidadãos.
( A par, hoje, fica-se a saber que 20 cidadãos saem da manif, vestem-se ao que eram, policias, e vá de auxiliar os colegas no carregar sobre os manifestantes...).
Eu não tenho duvidas que existem alguns milhares de cidadãos que entendem que “isto só vai à porrada”, quer por desespero, (estão desempregados, têm família a sustentar,...), quer por ideologia, (entendem que a Democracia “burguesa” chegou ao fim...e há que acelerar a sua queda).
Não me parece é que a solução seja denominá-los de “arruaceiros”, (um cronista até quase que os entende como mariconços...), e de ver neles o alvo a abater para que existam em Portugal somente manifes pacificas.
E porquê?
Porque se em Portugal não existem organizações radicais/violentas com apoio suficiente para gerar real violência, ( e não uns petardos e uma pedradas), a verdade é que a Revolução da Patuleia mostra bem como nascem as revoluções realmente violentas, em Portugal e não só.
Elas nascem de um sentimento crescente de revolta e por vezes basta um decreto dizendo que, por razões de evidente saúde publica, não é mais permitido enterrar os mortos na igreja do bairro, para que uma Maria de Fonte saia à rua e leve com ela milhares de Cidadãs e Cidadãos, provocando os maiores distúrbios imagináveis.
Bem...
O sentimento de revolta cresce em Portugal pois o desemprego está aí à vista e não basta falar em valor perdido com uma Greve Geral para travar essa revolta, bem pelo contrario.E muito menos não perceber o que nos envolve, de raiva, de frustração, de desespero, e de potencial violência perante uma classe politica que teima em não ouvir as reclamações e em dizer que assim é que tudo vai bem, enquanto a mesma classe politica e a minoria de empresários que ela protege enriquecem brutalmente, vivem maravilhosamente.
Em Portugal todos os portugueses, (até a maioria dos que defendem que a Democracia burguesa está a chegar ao fim.,..), saberiam dizer sim à necessidade de criar mais valor se o sacrifício fosse de todos, se os Alexandre Soares dos Santos, os Belmiro de Azevedo, os Amorim, os gestores da PT, da GALP, etc, tivessem seguido o exemplo de Warren Buffet, e não o exemplo do PDG do BPI, um tal Ulrich, e dito, as nossas remunerações baixaram em 30%!
Não conduziria a nada, tal atitude, em termos económicos?
Erro!
Como já escrevi referindo uma das asneirolas que a Srª Merkell veio dizer em Portugal, na sua campanha eleitoral para ditadora da União Europeia, a economia não é 50% psicologia, ela é toda ela psicologia!
Isto é, motivem os Cidadãos e verão o que acontece!
A Maria da Fonte era e não era uma arruaceira, ela era somente uma mãe de família que decidiu dizer - Basta!
...E ninguém a travou, o que tenderá a suceder quando o CI se tiver de confrontar com outra mãe de família de chaço na mão, (ou algo equivalente), lamento dizê-lo.
por Joffre Justino
( Da Greve geral de 14 de Novembro de 2012)
“A revolta resultou das tensões sociais remanescentes das guerras liberais, exacerbadas pelo grande descontentamento popular gerado pelas novas leis que se lhe seguiram de recrutamento militar, por alterações fiscais e pela proibição de realizar enterros dentro de igrejas....
...O resultado foi uma nova guerra civil de 8 meses, a Patuleia, que apenas terminaria com a assinatura da Convenção de Gramido, a 30 de Junho de 1847, após a intervenção de forças militares estrangeiras ao abrigo da Quádrupla Aliança.
(in Wikipedia)
Não vos vou relatar a Revolução da Patuleia, nascida em um tempo de total fragilização de uma corte que chegara a abandonar “o país”, (mas não o Império que na altura era o que contava...), mas sim procurar refletir sobre a Greve Geral de ontem.
Alguns cronistas verberam contra o sucedido, dizendo que, tal como o governo, um bando de arruaceiros se aproveitaram da manifestação da CGTP para, mais uma vez, manchar a boa imagem do país, com a consequência da sua violência – a ainda maior violência das forças do CI!
Entretanto, ao lado destes acontecimentos, os media noticiavam que a produção em Portugal baixava, que o Desemprego afectava já algo entre 871 000 cidadãos a 1 500 000 Cidadãos.
( A par, hoje, fica-se a saber que 20 cidadãos saem da manif, vestem-se ao que eram, policias, e vá de auxiliar os colegas no carregar sobre os manifestantes...).
Eu não tenho duvidas que existem alguns milhares de cidadãos que entendem que “isto só vai à porrada”, quer por desespero, (estão desempregados, têm família a sustentar,...), quer por ideologia, (entendem que a Democracia “burguesa” chegou ao fim...e há que acelerar a sua queda).
Não me parece é que a solução seja denominá-los de “arruaceiros”, (um cronista até quase que os entende como mariconços...), e de ver neles o alvo a abater para que existam em Portugal somente manifes pacificas.
E porquê?
Porque se em Portugal não existem organizações radicais/violentas com apoio suficiente para gerar real violência, ( e não uns petardos e uma pedradas), a verdade é que a Revolução da Patuleia mostra bem como nascem as revoluções realmente violentas, em Portugal e não só.
Elas nascem de um sentimento crescente de revolta e por vezes basta um decreto dizendo que, por razões de evidente saúde publica, não é mais permitido enterrar os mortos na igreja do bairro, para que uma Maria de Fonte saia à rua e leve com ela milhares de Cidadãs e Cidadãos, provocando os maiores distúrbios imagináveis.
Bem...
O sentimento de revolta cresce em Portugal pois o desemprego está aí à vista e não basta falar em valor perdido com uma Greve Geral para travar essa revolta, bem pelo contrario.E muito menos não perceber o que nos envolve, de raiva, de frustração, de desespero, e de potencial violência perante uma classe politica que teima em não ouvir as reclamações e em dizer que assim é que tudo vai bem, enquanto a mesma classe politica e a minoria de empresários que ela protege enriquecem brutalmente, vivem maravilhosamente.
Em Portugal todos os portugueses, (até a maioria dos que defendem que a Democracia burguesa está a chegar ao fim.,..), saberiam dizer sim à necessidade de criar mais valor se o sacrifício fosse de todos, se os Alexandre Soares dos Santos, os Belmiro de Azevedo, os Amorim, os gestores da PT, da GALP, etc, tivessem seguido o exemplo de Warren Buffet, e não o exemplo do PDG do BPI, um tal Ulrich, e dito, as nossas remunerações baixaram em 30%!
Não conduziria a nada, tal atitude, em termos económicos?
Erro!
Como já escrevi referindo uma das asneirolas que a Srª Merkell veio dizer em Portugal, na sua campanha eleitoral para ditadora da União Europeia, a economia não é 50% psicologia, ela é toda ela psicologia!
Isto é, motivem os Cidadãos e verão o que acontece!
A Maria da Fonte era e não era uma arruaceira, ela era somente uma mãe de família que decidiu dizer - Basta!
...E ninguém a travou, o que tenderá a suceder quando o CI se tiver de confrontar com outra mãe de família de chaço na mão, (ou algo equivalente), lamento dizê-lo.
por Joffre Justino
domingo, 4 de novembro de 2012
*Quiero Gritar*
Quisiera vociferarlo poder gritarlo!
Escribirlo tal vez .. pero no puedo
ellos los que ven mis ojos me leen
ellos que tienen una idea de mi
que creen conocerme.
El nudo en la garganta me ahoga
el deseo de hablar me agobia
me importa tanto lo pensado
maldita mi educación y el pudor del mundo
Me escondo detrás del muro de lo oculto
mi alma se disfraza la máscara de lo irreal
secretos que me encierran en un "Yo" imposible
un "Yo "sin libertad, cautiva de la vida.
Me hundo en la necesidad de no callar
soy presa de lo prohibido, de lo criticado.
Me enloquece la simple idea de pensarlo
tan solo correr, huir .. buscar la salida
no encontrarla.
Me sumerjo en lo oscuro de mi ser
donde soy y donde existo..
me sumerjo para vivir
necesito el aire de lo dicho
quiero gritar .. y no puedo!
.num blog.. amigo
sábado, 3 de novembro de 2012
O amor é Socialista
(Pedro Munhoz)
Compreender o riso e a dor,
caminhando lado a lado,
ser amigo, irmanado,
ser fuzil e ser a flor.
Seja lá aonde for,
não perde tua razão,
derrama teu coração,
o amor não é egoísta.
O amor é Socialista,
ele faz revolução.
Ser canção pelas distâncias,
onde a verdade não chega,
por caminhos e veredas,
no olhar de uma criança.
Combater a ignorância,
o mundo é uma só nação,
te insurges, faz rebelião,
o amor não é egoísta.
O amor é Socialista,
ele faz revolução.
Ser farol e ser alerta,
silêncio e paciência,
quando falta consciência,
cabe a ti dizer:- Desperta!
Ser poema, ser poeta,
sem vaidade ou pretensão,
esta é tua missão,
o amor não é egoísta.
O amor é Socialista,
ele faz revolução.
Estudar e repartir,
conhecimento e saber,
sempre vale aprender,
sempre vale dividir.
Há vida no ir e vir,
permanente evolução,
não há vida sem paixão,
o amor não é egoísta.
O amor é Socialista,
ele faz revolução.
Abraça a pessoa amada,
faz da luta companheira,
o amor não tem fronteiras,
é bandeira desfraldada.
Preconceito está com nada,
o amor é construção,
respeita toda a opção,
o amor não é egoísta.
O amor é Socialista,
ele faz revolução.
Olga, Rosa, todas elas,
Sandino e Che Guevara,
é Marti, Simon, Dandara,
é Zumbi e Mariguela.
Fidel, Artigas, Mandela,
piqueteiros em ação,
Sem Terra semeiam o pão,
o amor não é egoísta,
o amor é Socialista,
ele faz revolução.
Primavera/2012
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Ecce Homo
Desbaratamos deuses, procurando
Um que nos satisfaça ou justifique.
Desbaratamos esperança, imaginando
Uma causa maior que nos explique.
Pensando nos secamos e perdemos
Esta força selvagem e secreta,
Esta semente agreste que trazemos
E gera heróis e homens e poetas.
Pois deuses somos nós. Deuses do fogo
Malhando-nos a carne, até que em brasa
Nossos sexos furiosos se confundam,
Nossos corpos pensantes se entrelacem
E sangue, raiva, desespero ou asa,
Os filhos que tivermos forem nossos.
Ary dos Santos, in 'Liturgia do Sangue'
sábado, 20 de outubro de 2012
Alguém regule este Estado
Eça tinha razão. O Estado é um ladrão fiscal. Tratado como um inimigo, motor da ruína económica. Com ele "o comércio definha, a indústria enfraquece, o salário diminui.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
sábado, 13 de outubro de 2012
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