segunda-feira, 30 de novembro de 2009

vem...

Estar envolvido num escândalo é grave; 
 estar metido em vários é uma garantia de segurança
Há mais de dez minutos que não vem a público um escândalo envolvendo o nome de José Sócrates. Que se passa com este país? O escândalo Face Oculta perdeu o encanto inicial, o escândalo Freeport deixou de produzir notícias, o escândalo das escutas ao Presidente da República esmoreceu, o escândalo da Universidade Independente parece estar parado, o escândalo das casas projectadas na Guarda prometeu mais do que cumpriu, e confesso já ter esquecido o que estava em causa no escândalo Cova da Beira. Julgo falar em nome de todos quando digo que precisamos urgentemente de um novo escândalo.
José Sócrates, certamente, não se importa: o primeiro-ministro parece ter tomado uma vacina contra os escândalos. Não há suspeita de indecência escabrosa à qual ele seja vulnerável. Políticos menos resistentes já foram obrigados a demitir-se por causa de anedotas, de sisas que afinal tinham pago, de corninhos. O primeiro-ministro transita de escândalo em escândalo como Tarzan de liana em liana. Nenhum homem é uma ilha, diz o poeta, mas José Sócrates é um homem rodeado de escândalos por todos os lados.
Não há escândalo que consiga verdadeiramente furar a barreira de escândalos que o rodeia. Aparece um escândalo novo e a opinião pública boceja: já vimos melhor. Surge uma suspeita inédita e o País encolhe os ombros: podia ser mais escandalosa. Estar envolvido num escândalo é grave; estar metido em vários é uma garantia de segurança. O povo conhece José Sócrates há já algum tempo e sabe que ele pode estar envolvido num escândalo, mas duvida que ele tenha a iniciativa, o desembaraço e a capacidade de trabalho para estar envolvido em tantos.
O problema da oposição é, justamente, de abundância: encontra-se perante os escândalos como o burro de Buridan em frente ao feno. De todos os paradoxos filosóficos em que comparecem asnos, este é o meu preferido: o burro faminto tem diante de si dois montes de feno exactamente iguais. Não havendo uma razão para optar por um em vez de outro, é incapaz de escolher e morre de fome. No caso de Sócrates, os escândalos são os montes de feno e a oposição é o burro (há acasos felizes na vida de quem se entretém a compor símiles). A única diferença é que o burro morre sossegado, enquanto os dirigentes dos partidos da oposição definham aniquilando-se mutuamente. Mas ninguém espera que os militantes do PSD tenham o discernimento de um burro.

by RAP to 
américoaze

sábado, 7 de novembro de 2009

Defunto na suíça vira Diamante


Agora a moda é, em vez de ser enterrado em um caixão, ou  ser cremado, virar  diamante após a morte.

Ao custo  de alguns milhares de euros e graças a uma sofisticada transformação  química, uma empresa suíça agora garante ao falecido reservar seu  lugar na eternidade sob a forma de um diamante humano.
Na Suíça,  a empresa Algordanza recebe a cada mês entre 40 e 50 urnas funerárias procedentes de  todo o mundo. Seu conteúdo será pacientemente transformado em  pedra  preciosa.
'Quinhentos gramas de cinzas bastam para  fazer um diamante, enquanto o corpo humano deixa uma média de  2,5  a 3 kg depois da cremação', explica  Rinaldo Willy, um dos co-fundadores do laboratório onde as máquinas  funcionam sem interrupção 24 horas por dia. Ou seja, cada defunto  pode gerar uns 5 diamantes, ou mais, dá para  distribuir para toda família.
Os restos humanos são submetidos a  várias etapas de transformação. Primeiro, viram carbono, depois  grafite. Em seguida são expostos a temperaturas de 1.700 graus,  finalmente se transformam em diamantes artificiais num  prazo de quatro a seis semanas. Na natureza, o mesmo processo leva  milênios.
'Cada diamante é único. A cor varia  do azul escuro até quase branco. É um reflexo da personalidade',  comenta Willy. A personalidade pela cor? Que coisa doida!
Uma vez  obtido, o diamante  bruto é polido e talhado na forma desejada pelos  familiares do falecido para depois ser usado num anel ou num  cordão.
Já pensou poder levar seu ente querido, depois da morte, em um colar ou  anel? Se perguntarem sobre o falecido você vai poder dizer:  'Ele é uma  jóia'.
Se roubarem o diamante é que é o problema,  você vai ter que gritar: 'Roubaram o defunto, pega  ladrão'!
O preço desta alma translúcida oscila entre  2.800 e 10.600 euros, segundo o peso da pedra (de  0,25  a um quilate), o que, segundo Willy, vale a  pena, já que um enterro completo  custa, por exemplo, 12.000 euros na Alemanha.  

Está vendo, a moda tem tudo para pegar, é até mais barato transformar o defunto em jóia!
A indústria  do 'diamante humano'  está em plena expansão, com empresas instaladas na  Espanha, Rússia, Ucrânia e Estados Unidos.
A mobilidade da vida  moderna é propícia para o setor, explica Willy, que destaca a  dificuldade de se deslocar com uma urna funerária ou o melindre  provocado por guardar as cinzas  de um falecido na própria  casa.

domingo, 27 de setembro de 2009

todos, bons rapazes