segunda-feira, 24 de dezembro de 2012






Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura, que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria ? 















domingo, 9 de dezembro de 2012

Empurrōes

Mais uma vez ficou provado esta manhã de que algumas equipas nos nossos campeonatos recebem da parte dos senhores (3) que arbitram muitos abonos com mesericordial intenção de beneficiarem os mesmos de sempre. Assim o ATLÉTICO CLUBE DE PORTUGAL foi mais uma vez roubado ......com a maior indiferença dos agentes da autoridade ali presentes. A equipa do ATLÉTICO nos 90 minutos de jogo JOGADO nunca foi inferior ao seu adversário antes pelo contrario, pois além de anularem um golo limpo inventaram uma grande penalidade e no lado oposto ignoraram uma a favor dos Alcantarenses . Já é difícil a manutenção das obrigações económicas como se sabe, e se desportivamente lhes são retiradas as humildes intenções qualquer dia os SENHORES ÁRBITROS NÃO TERÃO EQUIPAS PARA ...BENEFICIAREM

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Setenta personalidades portuguesas assinaram e enviaram uma carta-aberta ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a pedir a sua demissão, por considerarem que a política seguida pelo Executivo está a "fazer caminhar o país para o abismo".

 Os signatários da carta garantem que as medidas de austeridades anunciadas pelo executivo liderado por Pedro Passos Coelho excederam as que constam, quer no programa eleitoral do PSD, quer no Programa de Governo "e as consequências têm um forte impacto sobre os portugueses". A carta-aberta foi enviada ao primeiro-ministro e uma cópia seguiu igualmente para Belém, para o presidente da República, Cavaco Silva. Na missiva, assinada por personalidades de vários quadrantes da sociedade portuguesa, como Mário Soares, Siza Vieira e Júlio Pomar, os signatários consideram que "austeridade custe o que custar" está a empobrecer o país. "Perdeu-se toda e qualquer esperança", escrevem, criticando o desmantelamento das funções sociais do Estado, a alienação de empresas estratégicas, os cortes nas pensões, nas reformas e nos salários, o incentivo à emigração e o crescimento do desemprego. Com as falhas verificadas em todas as previsões económicas, acusam o Executivo de Pedro Passos Coelho de ter "um fanatismo cego" que está a fazer "caminhar o país para o abismo". Classificam ainda o Orçamento do Estado, aprovado na segunda-feira, de "injusto, socialmente condenável e portador de disposições de constitucionalidade duvidosa". E, perante este cenário, os signatários apelam ao primeiro-ministro para que "retire as consequências políticas que se impõem, apresentando a demissão ao Senhor Presidente da República, poupando assim o País e os Portugueses ainda a mais graves e imprevisíveis consequências". Entre os signatários desta carta estão dirigentes do PS e do Bloco de Esquerda (casos de Fernando Rosas e Daniel Oliveira), sindicalistas (com particular destaque para o ex-líder da CGTP-IN Carvalho da Silva), professores universitários e figuras ligadas ao meio da cultura. Subscrevem ainda o documento Adelino Maltez (professor universitário), Alfredo Bruto da Costa (sociólogo), Alice Vieira (escritora), Siza Vieira (arquitecto), Ana Sousa Dias (jornalista), Dias da Cunha (empresário), António Arnaut (advogado), António Reis (professor universitário), Boaventura Sousa Santos (professor universitário), Carlos Trindade (sindicalista), Duarte Cordeiro (deputado do PS), Clara Ferreira Alves (jornalista), Ferro Rodrigues (ex-líder do PS e deputado), Eduardo Lourenço (professor universitário), Helena Pinto (deputada do Bloco de Esquerda), Inês de Medeiros (deputada do PS), Maria de Medeiros (realizadora e atriz), Jaime Ramos (medido e ex-deputado do PSD), Joana Amaral Dias (professora universitária) e Medeiros Ferreira (antrigo ministro dos Negócios Estrangeiros). Assinam ainda o documento João Galamba (deputado do PS), Pedro Delgado Alves (ex-líder da JS), Mário Jorge (médico), João Torres (líder da JS), João Cutileiro (escultor), João Ferreira do Amaral (economista), Júlio Pomar (pintor), Manuel Maria Carrilho (ex-ministro da Cultura), Pedro Abrunhosa (músico), Pilar Del Rio Saramago (jornalista) e Teresa Pizarro Beleza (jurista).

domingo, 25 de novembro de 2012

GOSTO DESTES DOMINGOS DE INVERNO

O padeiro já deixou o pão aqui à porta, ouvi.
Ouço o vento correr lá fora, hoje parece ter acordado louco, as pingas de chuva c aem lentamente como que para baixar a temperatura desse devaneio, a luz do dia está no nível certo para um Domingo de amor.
Gosto da agitação da semana, da correria do Ser Humano na procura de algo que não se vê, gosto de ser como os outros, ativo e interventivo. 
Mas nada se compara ao prazer do nosso lar, de te sentir nos meus braços e ouvir o teu respirar carinhoso quando adormeces no meu peito, gosto de ver a dança das chamas que a lareira nos oferece, de te dar um beijo no rosto e sentir o que sempre sinto. 
Gosto de almoçar calmamente o que cozinhei para ti ou cozinhaste para mim, depois de abrirmos uma garrafa de vinho que respira para nos fazer sorrir a alma, gosto de arrumar a mesa conjuntamente contigo, como que a prepararmos a tarde de sofá que nos aguarda.
Um livro é uma pausa na construção do nosso amor, um momento em que o silêncio é do tamanho do desejo de nos ouvirmos. 
Gosto destas manhãs serenas de Domingo e destas tardes em que pintamos quadros que não expomos mas que são a verdadeira cor da nossa vida. 
Gosto de ti. 
Gosto destes Domingos de inverno.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A Maria da Fonte Era Uma Arruaceira...?

 A Maria da Fonte Era Uma Arruaceira...?

( Da Greve geral de 14 de Novembro de 2012)

 “A revolta resultou das tensões sociais remanescentes das guerras liberais, exacerbadas pelo grande descontentamento popular gerado pelas novas leis que se lhe seguiram de recrutamento militar, por alterações fiscais e pela proibição de realizar enterros dentro de igrejas....

 ...O resultado foi uma nova guerra civil de 8 meses, a Patuleia, que apenas terminaria com a assinatura da Convenção de Gramido, a 30 de Junho de 1847, após a intervenção de forças militares estrangeiras ao abrigo da Quádrupla Aliança.

(in Wikipedia)

 Não vos vou relatar a Revolução da Patuleia, nascida em um tempo de total fragilização de uma corte que chegara a abandonar “o país”, (mas não o Império que na altura era o que contava...), mas sim procurar refletir sobre a Greve Geral de ontem.
Alguns cronistas verberam contra o sucedido, dizendo que, tal como o governo, um bando de arruaceiros se aproveitaram da manifestação da CGTP para, mais uma vez, manchar a boa imagem do país, com a consequência da sua violência – a ainda maior violência das forças do CI!
Entretanto, ao lado destes acontecimentos, os media noticiavam que a produção em Portugal baixava, que o Desemprego afectava já algo entre 871 000 cidadãos a 1 500 000 Cidadãos.
( A par, hoje, fica-se a saber que 20 cidadãos saem da manif, vestem-se ao que eram, policias, e vá de auxiliar os colegas no carregar sobre os manifestantes...).
Eu não tenho duvidas que existem alguns milhares de cidadãos que entendem que “isto só vai à porrada”, quer por desespero, (estão desempregados, têm família a sustentar,...), quer por ideologia, (entendem que a Democracia “burguesa” chegou ao fim...e há que acelerar a sua queda).
Não me parece é que a solução seja denominá-los de “arruaceiros”, (um cronista até quase que os entende como mariconços...), e de ver neles o alvo a abater para que existam em Portugal somente manifes pacificas.
E porquê?
Porque se em Portugal não existem organizações radicais/violentas com apoio suficiente para gerar real violência, ( e não uns petardos e uma pedradas), a verdade é que a Revolução da Patuleia mostra bem como nascem as revoluções realmente violentas, em Portugal e não só.
Elas nascem de um sentimento crescente de revolta e por vezes basta um decreto dizendo que, por razões de evidente saúde publica, não é mais permitido enterrar os mortos na igreja do bairro, para que uma Maria de Fonte saia à rua e leve com ela milhares de Cidadãs e Cidadãos, provocando os maiores distúrbios imagináveis.

Bem...

 O sentimento de revolta cresce em Portugal pois o desemprego está aí à vista e não basta falar em valor perdido com uma Greve Geral para travar essa revolta, bem pelo contrario.E muito menos não perceber o que nos envolve, de raiva, de frustração, de desespero, e de potencial violência perante uma classe politica que teima em não ouvir as reclamações e em dizer que assim é que tudo vai bem, enquanto a mesma classe politica e a minoria de empresários que ela protege enriquecem brutalmente, vivem maravilhosamente.

Em Portugal todos os portugueses, (até a maioria dos que defendem que a Democracia burguesa está a chegar ao fim.,..), saberiam dizer sim à necessidade de criar mais valor se o sacrifício fosse de todos, se os Alexandre Soares dos Santos, os Belmiro de Azevedo, os Amorim, os gestores da PT, da GALP, etc, tivessem seguido o exemplo de Warren Buffet, e não o exemplo do PDG do BPI, um tal Ulrich, e dito, as nossas remunerações baixaram em 30%!
Não conduziria a nada, tal atitude, em termos económicos?
Erro!
Como já escrevi referindo uma das asneirolas que a Srª Merkell veio dizer em Portugal, na sua campanha eleitoral para ditadora da União Europeia, a economia não é 50% psicologia, ela é toda ela psicologia!
Isto é, motivem os Cidadãos e verão o que acontece!
 

A Maria da Fonte era e não era uma arruaceira, ela era somente uma mãe de família que decidiu dizer  - Basta!
...E ninguém a travou, o que tenderá a suceder quando o CI se tiver de confrontar com outra mãe de família de chaço na mão, (ou algo equivalente), lamento dizê-lo.


por Joffre Justino

domingo, 4 de novembro de 2012

*Quiero Gritar*

 Quisiera vociferarlo poder gritarlo!
Escribirlo tal vez .. pero no puedo
 ellos los que ven mis ojos me leen
 ellos que tienen una idea de mi
 que creen conocerme.
 El nudo en la garganta me ahoga
 el deseo de hablar me agobia 
me importa tanto lo pensado
maldita mi educación y el pudor del mundo
 Me escondo detrás del muro de lo oculto
 mi alma se disfraza la máscara de lo irreal 
secretos que me encierran en un "Yo" imposible
un "Yo "sin libertad, cautiva de la vida.
 Me hundo en la necesidad de no callar 
soy presa de lo prohibido, de lo criticado.
 Me enloquece la simple idea de pensarlo
tan solo correr, huir .. buscar la salida
no encontrarla.
Me sumerjo en lo oscuro de mi ser
donde soy y donde existo..


 me sumerjo para vivir
necesito el aire de lo dicho
 quiero gritar .. y no puedo!

.num blog.. amigo

sábado, 3 de novembro de 2012


O amor é Socialista 
(Pedro Munhoz)

Compreender o riso e a dor,
caminhando lado a lado,
ser amigo, irmanado,
ser fuzil e ser a flor.
Seja lá aonde for,
não perde tua razão,
derrama teu coração,
o amor não é egoísta.
O amor é Socialista,
ele faz revolução.

Ser canção pelas distâncias,
onde a verdade não chega,
por caminhos e veredas,
no olhar de uma criança.
Combater a ignorância,
o mundo é uma só nação,
te insurges, faz rebelião,
o amor não é egoísta.
O amor é Socialista,
ele faz revolução.

Ser farol e ser alerta,
silêncio e paciência,
quando falta consciência,
cabe a ti dizer:- Desperta!
Ser poema, ser poeta,
sem vaidade ou pretensão,
esta é tua missão,
o amor não é egoísta.
O amor é Socialista,
ele faz revolução.

Estudar e repartir,
conhecimento e saber,
sempre vale aprender,
sempre vale dividir.
Há vida no ir e vir,
permanente evolução,
não há vida sem paixão,
o amor não é egoísta.
O amor é Socialista,
ele faz revolução.

Abraça a pessoa amada,
faz da luta companheira,
o amor não tem fronteiras,
é bandeira desfraldada.
Preconceito está com nada,
o amor é construção,
respeita toda a opção,
o amor não é egoísta.
O amor é Socialista,
ele faz revolução.

Olga, Rosa, todas elas,
Sandino e Che Guevara,
é Marti, Simon, Dandara,
é Zumbi e Mariguela.
Fidel, Artigas, Mandela,
piqueteiros em ação,
Sem Terra semeiam o pão,
o amor não é egoísta,
o amor é Socialista,
ele faz revolução.

Primavera/2012

sexta-feira, 2 de novembro de 2012


Ecce Homo
Desbaratamos deuses, procurando 
Um que nos satisfaça ou justifique. 
Desbaratamos esperança, imaginando 
Uma causa maior que nos explique. 

Pensando nos secamos e perdemos 
Esta força selvagem e secreta, 
Esta semente agreste que trazemos 
E gera heróis e homens e poetas. 

Pois deuses somos nós. Deuses do fogo 
Malhando-nos a carne, até que em brasa 
Nossos sexos furiosos se confundam, 

Nossos corpos pensantes se entrelacem 
E sangue, raiva, desespero ou asa, 
Os filhos que tivermos forem nossos. 

Ary dos Santos, in 'Liturgia do Sangue'

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

vão mas é cagar à mata



Gaspar, o Ministro pede aos portugueses seis vezes mais do que precisa cortar para nova meta do défice
O Governo só tem de cortar mais 850 milhões de euros para cumprir a meta do défice de 2013, mas já pediu aos portugueses um esforço de redução ”na ordem dos 4,9 mil milhões de euros”, quase seis vezes acima do valor combinado com a troika.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

AINDA UMA BREVE ANOTAÇÃO SOBRE O ACÓRDÃO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL


O QUE NINGUÉM (APARENTEMENTE) QUER VER

Estará tudo dito sobre o acórdão do Tribunal Constitucional que declarou inconstitucionais as normas do Orçamento de Estado para 2012 que “cortam” os subsídios de férias e de natal do sector publico e dos pensionistas? Talvez não.

Na intervenção de ontem à noite na TVI Marcelo Rebelo de Sousa confirmou, no essencial, o que aqui se disse sobre a interpretação do acórdão. Há, porém, uma questão quer o ilustre Professor não tratou apesar de a ela ter aludido ao de leve. É a questão da natureza dos subsídios de férias e de natal e das consequências que dela decorrem. Como já tínhamos dito em post anterior, o TC considerou sem margem para qualquer dúvida que aqueles subsídios fazem parte do salário dos trabalhadores do sector público ou da reforma dos pensionistas. São, portanto, salário ou pensão de reforma, logo um direito, e não um qualquer bónus que possa ser retirado por lei de acordo com os critérios políticos de quem decide.

O reconhecimento dos subsídios como salário ou pensão implica que eles estejam juridicamente tão protegidos como o próprio salário ou pensão de que fazem parte integrante.

Acontece que deste reconhecimento decorrem várias consequências que não têm sido levadas em conta na discussão deste assunto. A primeira, aliás óbvia, foi também ontem apontada por Rebelo de Sousa. Depois da decisão do Tribunal Constitucional não mais poderá dizer-se que o governo vai eliminar os subsídios. A verdade é que daquele reconhecimento não decorre somente esta conclusão. Há mais. Pondo a questão na forma interrogativa: pode uma medida que incida sobre a totalidade ou sobre parte dos subsídios ser tomada pela forma que para o efeito foi adotada na lei de aprovação do Orçamento para 2012? Poderá o Parlamento pura e simplesmente adoptar relativamente àqueles salários e pensões uma medida de natureza semelhante à que adopta para alcançar uma qualquer outra diminuição de despesa?

De facto, os salários dos funcionários públicos e as pensões dos reformados são despesa do Estado da mesma forma que constituiu despesa do Estado a manutenção em funcionamento do tribunal de Castro Daire, da Maternidade Alfredo da Costa ou da Escola Afonso Benevides. Mas terão estas despesas todas elas mesma natureza? Se o Estado (no caso, o Governo) pretender fechar aquelas instalações para diminuir a despesa pública poderá certamente fazê-lo contanto que continuem no essencial assegurados os serviços que através delas se prestavam. Porventura em condições mais incómodas para os utentes mas desde que o direito destes à saúde, ao ensino ou à justiça não fique de tal modo afectado na sua consistência prática que equivalha à sua denegação não há meio, por mais que politicamente se discorde, de impedir o governo de o fazer. E poderá o Estado, neste caso o Parlamento, fazer o mesmo relativamente aos subsídios de férias e de natal? Poderá pura e simplesmente o Parlamento decretar que aqueles subsídios ficam suspensos enquanto durar o Programa de Assistência Financeira? Ou terá antes o Estado, se quiser recuperar aquelas verbas, que usar uma outra via, como necessariamente teria de usar relativamente a qualquer outro direito da mesma natureza cuja efectividade não dependesse dele?

Essa a grande questão. Então, o direito ao salário ou à pensão de reforma têm a mesma natureza do direito ao ensino, do direito à saúde ou do direito à justiça? Ou dito de uma forma mais precisa: a suspensão dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e dos pensionistas afecta o direito ao salário e à pensão da mesma forma que o encerramento daquelas instalações afecta o direito à justilça, à saúde ou ao ensino? Não terá o governo se quiser neutralizar a despesa com os subsídios de férias e de Natal, nos termos decididos pelo Tribunal Constitucional – isto é, com respeito pelo princípio da igualdade – que operar essa neutralização pela via de um imposto extraordinário, aprovado pelo Parlamento, exactamente nos mesmos termos em que teria de o fazer se decidisse atingir os subsídios correspondentes do sector privado?

Ninguém até hoje, que seja do nosso conhecimento, se pronunciou sobre este assunto. Nem o Tribunal Constitucional abordou o assunto, nem tão-pouco ele foi tratado desta forma política ou juridicamente em termos que sejam do conhecimento público ou do conhecimento técnico especializado. É, porém, nossa profunda convicção que somente por esta via se assegurará o princípio da igualdade e se defenderá integralmente a conclusão a que o Tribunal chegou de que os subsídios fazem parte integrante do salário ou das pensões e são, como tal, um direito da mesma natureza destes.


Lei das rendas

Lei das rendas

sábado, 30 de junho de 2012

Sábado, 30 de Junho de 2012

"Os Lusíadas" revisitados



A globalização e esta fúria neo-liberal obriga tudo a adaptar-se aos Tempos Modernos. Inclusivamente os alexandrinos que o príncipe dos poetas escrevinhou em forma de saga, para aí há um bom par de anos, uns 440 se não me falha a memória, também foram vítimas de adaptação aos tempos que escorrem.
Recebi por e-mail e não resisto a partilhar convosco. A missiva dizia que se o Luís Vaz fosse vivo escreveria assim. Não discuto.



Aí vai:



I
As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana
Que agora se encontram instalados
Fazendo o que lhes dá na real gana
Nos seus poleiros bem engalanados,
Mais do que permite a decência humana,
Olvidam-se do quanto proclamaram
Em campanhas com que nos enganaram!

II
E também as jogadas habilidosas
Daqueles tais que foram dilatando
Contas bancárias ignominiosas,
do Minho ao Algarve tudo devastando,
guardam para si as coisas valiosas
desprezam quem de fome vai chorando!
Gritando levarei, se tiver arte,
Esta falta de vergonha a toda a parte!

III
Falem da crise grega todo o ano!
E das aflições que à Europa deram;
Calem-se aqueles que por engano
Votaram no refugo que elegeram!
Que a mim mete-me nojo o peito ufano
De crápulas que só enriqueceram
Com a prática de trafulhice tanta
Que andarem à solta só me espanta.

IV
E vos, ninfas do Coura onde eu nado
Por quem sempre senti carinho ardente
Não me deixeis agora abandonado
E concedei engenho à minha mente,
De modo a que possa, convosco ao lado,
Desmascarar de forma eloquente
Aqueles que já têm no seu gene
A besta horrível do poder perene!

Stand By Me

Apelo do Dr. Rath às pessoas da Alemanha, da Europa e de todo mundo

sábado, 2 de junho de 2012

...mais um


hoje, bryan providenciou um espectáculo maravilha para todos, e foram muitos, aqueles que com ele nos cantaram e encantaram com o conhecimento total da musica do canadiano, e, aquela Vanessa que bem que esteve, que gosta muito de Portugal

amanhã à noitinha vamos ter ........ na Belavista esta turma de repetentes

quarta-feira, 23 de maio de 2012

...caloteiros e exigentes é preciso ter lata

Em 1953, a Alemanha de Konrad Adenauer entrou em default,
falência, ficou Kaput, ou seja, ficou sem dinheiro para fazer mover a
actividade económica do país. Tal qual como a Grécia actualmente.

A Alemanha negociou 16 mil milhões de marcos em dívidas de
1920 que entraram em incumprimento na década de 30 após o
colapso da bolsa em Wall Street. O dinheiro tinha-lhe sido
emprestado pelos EUA, pela França e pelo Reino Unido.

Outros 16 mil milhões de marcos diziam respeito a empréstimos
dos EUA no pós-guerra, no âmbito do Acordo de Londres sobre as Dívidas
Alemãs (LDA), de 1953. O total a pagar foi reduzido 50%, para cerca de 15
mil milhões de marcos, por um período de 30 anos, o que não teve quase
impacto na crescente economia alemã.

O resgate alemão foi feito por um conjunto de países que
incluíam a Grécia, a Bélgica, o Canadá, Ceilão, a Dinamarca, França, o Irão,
a Irlanda, a Itália, o Liechtenstein, o Luxemburgo, a Noruega, o Paquistão,
a Espanha, a Suécia, a Suíça, a África do Sul, o Reino Unido, a Irlanda do
Norte, os EUA e a Jugoslávia.

As dívidas alemãs eram do período anterior e posterior à Segunda
Guerra Mundial. Algumas decorriam do esforço de reparações de guerra e
outras de empréstimos gigantescos norte-americanos ao governo e às empresas.
Durante 20 anos, como recorda esse acordo, Berlim não honrou qualquer
pagamento da dívida.

Por incrível que pareça, apenas oito anos depois de a Grécia ter
sido invadida e brutalmente ocupada pelas tropas nazis, Atenas aceitou
participar no esforço internacional para tirar a Alemanha da terrível
bancarrota em que se encontrava.

Ora os custos monetários da ocupação alemã da Grécia foram
estimados em 162 mil milhões de euros sem juros. Após a guerra, a Alemanha
ficou de compensar a Grécia por perdas de navios bombardeados ou capturados,
durante o período de neutralidade, pelos danos causados à economia grega, e
pagar compensações às vítimas do exército alemão de ocupação.

As vítimas gregas foram mais de um milhão de pessoas (38
960 executadas, 12 mil abatidas, 70 mil mortas no campo de batalha,
105 mil em campos de concentração na Alemanha, e 600 mil que pereceram de
fome). Além disso, as hordas nazis roubaram tesouros arqueológicos gregos de
valor incalculável.

Qual foi a reacção da direita parlamentar alemã aos actuais
problemas financeiros da Grécia? Segundo esta, a Grécia devia considerar
vender terras, edifícios históricos e objectos de arte para reduzir a sua
dívida.

Além de tomar as medidas de austeridade impostas, como cortes no
sector público e congelamento de pensões, os gregos deviam vender algumas
ilhas, defenderam dois destacados elementos da CDU, Josef Schlarmann e Frank
Schaeffler, do partido da chanceler Merkel.
Os dois responsáveis chegaram a alvitrar que o Partenon, e algumas ilhas
gregas no Egeu, fossem vendidas para evitar a bancarrota.
"Os que estão insolventes devem vender o que possuem para pagar
aos seus credores", disseram ao jornal "Bild". Depois disso, surgiu no seio
do executivo a ideia peregrina de pôr um comissário europeu a fiscalizar
permanentemente as contas gregas em Atenas.

O historiador Albrecht Ritschl, da London School of Economics,
recordou recentemente à "Spiegel" que a Alemanha foi o pior país devedor do
século XX. O economista destaca que a insolvência germânica dos anos 30 faz
a dívida grega de hoje parecer insignificante.

"No século XX, a Alemanha foi responsável pela maior bancarrota
de que há memória", afirmou. "Foi apenas graças aos Estados Unidos, que
injectaram quantias enormes de dinheiro após a Primeira e a Segunda Guerra
Mundial, que a Alemanha se tornou financeiramente estável e hoje detém o
estatuto de locomotiva da Europa. Esse facto, lamentavelmente, parece
esquecido", sublinha Ritsch.

O historiador sublinha que a Alemanha desencadeou duas guerras
mundiais, a segunda de aniquilação e extermínio, e depois os seus inimigos
perdoaram-lhe totalmente o pagamento das reparações ou adiaram-nas.

A Grécia não esquece que a Alemanha deve a sua prosperidade
económica a outros países.

Por isso, alguns parlamentares gregos sugerem que seja feita a
contabilidade das dívidas alemãs à Grécia para que destas se desconte o que
a Grécia deve actualmente.

Sérgio Soares, jornalista português

quinta-feira, 10 de maio de 2012

convém não esquecer

O regime da reforma antecipada tem sido durante muitos anos usado como um instrumento para a saída de trabalhadores dos seus postos de trabalho, na maior parte dos casos por interesse das entidades empregadoras e não dos próprios trabalhadores.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Anthony Bourdain em "No Reservations" faz retrato sobre Lisboa



Num comentário á tradução, à qual eu não concordo, o Dinheiro Vivo diz ás tantas
Aqui só o peixe é fresco
11/05/2012 | 00:00 |

No documentário “No Reservations”, o chef Anthony Bourdain faz um retrato de Lisboa e de Portugal de acordo, não só com o seu tipo de programa, mas também com o script que o mundo em geral, e o anglo-saxónico em particular, nos destinou.

Um história a preto e branco por onde velhos com reumático se arrastam por vielas de pobreza e decadência ao som de fados e lamentos. Um retrato, apesar de tudo, cheio de simpatia, boa comida e peixe fresco. Claro que aquela Lisboa e aquele Portugal existem. Claro que também há outra Lisboa e outro Portugal mas o que Bourdain escolheu mostrar é o ângulo que ilustra a nossa reputação, sobretudo a que prevalece na Europa e no mundo anglo-saxónico que é o mundo dos “mercados”. É o ângulo da velhice, da pobreza, do simpático e do patusco, dum país lá longe, na geografia e no tempo.
Vale a pena ver o que, não sendo um retrato fiel de Portugal, é um retrato fidelíssimo da nossa reputação. Um retrato que me deixou triste, angustiado e cheio de fome. Fome porque a comida era boa, angustiado porque a pobreza e o feio me deprimem e triste pelas figuras tristes (queixume sem viço nem dignidade) que os portugueses convidados a participar fizeram – em particular um gagá Lobo Antunes que fez saber ao mundo, em primeira mão, que Salazar mantinha o preço da heroína mais baixo que o dos cigarros para que nós, agarrados, não nos revoltássemos.

Enfim, um documentário que diz ao mundo que em Portugal só o peixe é fresco
.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O VELHO... E O BURRO

 


   


                
 Há tantos burros mandando em homens de inteligência, 
                                          que 
                        às vezes fico pensando se a

                      burrice não será uma ciência!
                                                                                                                                 António Aleixo

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