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domingo, 5 de fevereiro de 2012

...  hoje, acordei com a vontade de estar no Minho a degustar a especialidade do momento LAMPREIA À MODA ... ou à BORDALESA estava-me a apetecer.... telefonei para uns amigos e não é que hoje iam ter a respectiva Lampreia, malas e bagagens cá vou eu a caminho desse manjar. Fui recebido com referencia pelo famoso D. Ferraz chef de sala, e com as suas fabulosas 3 Estrelas MABOR a recepção não podia ser melhor D. fernandini ( fani de Luca ) saíu do seu laboratório e a recepção foi total,  bem hajas .
 Meus amigos quando houver outra opurtunidade não percam pois vale bem a pena — 
em Páteo Alfacinha.



domingo, 2 de outubro de 2011

Sábado, 1 de Outubro de 2011

A ORIGEM DO CONTO DO VIGÁRIO, por FERNANDO PESSOA, o próprio.

Publicado pela primeira vez no diário Sol, Lisboa, ano I, de 30 de Outubro de 1926, com o titulo de “Um Grande Português”. Foi publicado depois n’O “Noticias” Ilustrado (edição semanal do Diário de Noticias), Lisboa, ano II, série II, nº 62, de 18 de Agosto de 1929, com o titulo de “A Origem do Conto do Vigário”.


Vivia, há já bastantes anos, algures num concelho do Ribatejo, um pequeno lavrador e negociante de gado chamado Manuel Peres Vigário.

Chegou uma vez ao pé dele um fabricante de notas falsas e disse-lhe:” Sr. Vigário, ainda tenho aqui uma notazinhas falsas de cem mil reis que me falta passar. O senhor quer? Largo-lhas por vinte mil reis cada uma”.

“Deixe ver”, disse o Vigário; e depois reparando logo que eram imperfeitíssimas, rejeitou-as. “Para que quero eu isso?”, disse; “isso nem a cegos se passa”.

O outro, porém, insistiu; Vigário, regateando, cedeu um pouco.
Por fim fez-se negocio de vinte notas, a dez mil réis cada uma.

Sucedeu que dali a dias tinha o Vigário que pagar a dois irmãos, negociantes de gado como ele, o saldo de uma conta, no valor certo de um conto [milhão] de réis. No primeiro dia da feira, em que se deveria efectuar o pagamento, estavam os dois irmãos jantando numa taberna obscura da localidade, quando surgiu à porta, cambaleando de bêbado, o Manuel Peres Vigário. Sentou-se à mesa deles e pediu vinho. Daí a um tempo, depois de alguma conversa, pouco inteligível da sua parte, lembrou que tinha um pagamento a fazer-lhes. E, puxando da carteira, perguntou se se importavam de receber tudo em notas de cinquenta mil reis. Os irmãos disseram que não se importavam; mas, como nesse momento a carteira se entreabrisse, o mais vigilante dos dois chamou, com um olhar rápido, a atenção do irmão para as notas, que se via que eram de cem mil réis. Houve então uma troca de olhares entre os dois irmãos.


O Manuel Peres contou tremulamente vinte notas, que entregou. Um dos irmãos guardou-as logo, tendo-as visto contar, nem perdeu tempo em olhar para elas. O Vigário continuou a conversar, e, várias vezes, pediu e bebeu mais vinho. Depois, por natural efeito da bebedeira progressiva, disse que queria um recibo. Não era costume mas nenhum dos irmãos fez questão.

O Manuel Peres disse que queria ditar o recibo, para as coisas ficarem todas certas.
Os outros anuíram a este capricho de bêbado. Então o Manuel Peres ditou como em tal dia, a tais horas, na taberna de fulano, “estando nós a jantar” ( e por ali fora com toda a prolixidade estúpida de bêbado), tinham eles recebido de Manuel Peres Vigário, do lugar de qualquer coisa, a quantia de um conto de réis, em notas de cinquenta mil réis.
O recibo foi datado, selado e assinado. O Vigário meteu-o na carteira, demorou-se mais um pouco, bebeu ainda mais vinho, e por fim foi-se embora.

Quando, no dia seguinte, houve oportunidade de se trocar a primeira nota de cem mil réis, o individuo que ia a recebê-la, rejeitou-a logo por falsíssima. Rejeitou do mesmo modo a segunda e a terceira. E os dois irmãos, olhando então bem para as notas, verificaram que nem a cegos se poderiam passar.

Queixaram-se à policia, e foi chamado o Manuel Peres, que, ouvindo atónito o caso, ergueu as mãos ao céu em graças da bebedeira que o havia colhido providencialmente no dia do pagamento e o havia feito exigir um recibo estúpido.

Lá o dizia o recibo:” um conto de réis “em notas de cinquenta mil réis””. Se os dois irmãos tinham notas de cem, não era dele, Vigário, que as tinha recebido. Ele lembrava-se bem, apesar de bêbado, de ter pago vinte notas, e os irmãos não eram (dizia o Manuel Peres) homens que lhe fossem aceitar notas de cem por notas de cinquenta, porque eram homens honrados e de bom nome em todo o concelho.

E, como era de justiça, o Manuel Peres Vigário foi mandado em paz.

O caso, porém, não podia ficar secreto. Por um lado ou por outro, começou a contar-se, e espalhou-se. E a história do “conto de réis do Manuel Peres Vigário”, abreviado o seu titulo para “o conto do Vigário” passou a ser uma expressão corrente na língua portuguesa.

Fernando Pessoa

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

"Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito.
Um se chama ontem e o outro se chama amanhã.
Portanto, hoje é o dia certo
para amar, 
acreditar, 
fazer, 
e principalmente viver."

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A força do hálito é como o que tem que ser.
E o que tem que ser tem muita força.

Vai(ou vem) um sujeito,abre a boca e eis que a gente,
que no fundo é sempre a mesma,
desmonta a tenda e vai halitar-se para outro lado,
que no fundo é sempre o mesmo.

Sovacos pompeando vinagres e bafios
não são nada - bah.... - em comparação
com certos hálitos que até parece que sobem do coração.

      Ai onde transpira agora
      o bom sovaco de outrora!

Virilhas colaborando com parêntesis ou cedilhas
são autênticas (e sem hálito!) maravilhas.
Quando muito alguns pingos nos refegos,nas braguilhas,
amoniacal bafor que suporta sem dor
aquele que está ao rés de tal teor.

Mas o mau hálito é pior que a palavra,
sobretudo se não for da tua lavra.

Da malvada,da cárie ou,meudeus,do infinito,
o mau hálito é sempre na narina,
como o baudelaireano,desesperado grito
da "charogne" que apodrecer não queria...

De Alexandre O'Neill

quinta-feira, 19 de março de 2009

A gente os dois dávamos cabo disto...


Somos unha com carne ou não somos.

 Trata-me por padrinho ainda estou para saber porquê: razões que só ele entende. Esteve preso uma porção de anos, catorze, quinze, traficava pó, metia pó, continua a traficar pó e a meter pó, na semana passada procurou na meia esquerda (na meia direita trazia dinheiro escondido, uma porção de notas) tirou da canela um par de saquitos

 - São para você, padrinho, e lá fiquei com a coca na palma enquanto ele me dava um beijo

 - Somos unha com carne ou não somos?

 na esperança que eu corresse para casa a enfiar o presente pelo nariz acima. Afaina-se para uns rapazes russos, de vez em quando pede dinheiro às pessoas com uma navalha persuasiva, cheia de argumentos: parece que a navalha torna as pessoas generosas, sensíveis às razões do meu afilhado. Na mão e no braço tatuagens da cadeia que exibe no orgulho com que se mostram carimbos de países exóticos no passaporte: Vale de Judeus, Pinheiro da Cruz, outras estâncias balneares, sítios de férias de luxo para ricos. Um amigo comum, estabelecido no bairro, aconselha-me - Não se ponha a pau, não a agitar o dedo avisador e não me ponho a pau. A pau porquê? O mais que ele faria era apontar-me as razões ao umbigo quando a branquinha lhe subisse à ideia. Garante, de lado

 - Você escreve livros e demora-se a olhar-me, pesando o facto. Em certa medida somos iguais

 - Também já apareci no jornal

e nunca vi bochechas tão côncavas ao chupar o cigarro: o fumo deve chegar-lhe à alma e enovoa-la inteira. Contam-se-lhe os ossos de magro que está, faltam dentes. Interesso-me

- Mastigas com quê?

e encolhe os ombros, desiludido com a estupidez da pergunta: há-de existir um molar em qualquer parte, nem que seja no esófago, a roer ainda. Que me lembre nunca dei por ele a comer, dou por ele, aqui e ali, a trabalhar cálices de bagaço com sete ou oito cotovelos no balcão, pobre tarântula tão mal vestida, à beira de ser encontrada num jardinzeco qualquer, de agulha no braço, ou a bater, na vazante, contra a muralha do Tejo: já traz a morte na cara, e a boca desmobilada aparenta-se a uma concertina de pregas tortas. Mês sim mês não desaparece, acaba por voltar a puxar-me a manga

- Precisa de alguma coisa minha, padrinho? espiando em volta, com medo. Não me conta onde dorme

- Por aí, não me explica onde esteve

- Lá está você,  transformou os três pontos tatuados de uma das prisões numa estrela de David

- Há muito chibo nestas bandas, designa-me sujeitos que o perseguem em esplanadas onde não vejo ninguém, cola-se-me à orelha, confidencial

- Ando a faltar aos russos e contrai-se de medo:

- Tem por aí meio euro que me empreste, dado que um golinho de bagaço engorda a coragem e traz boas intenções consigo:

- Um dia destes trato-me -projectos de vida

- Internadinho para uma cura à maneira

certezas que o alcool ajuda - Até sou capaz de me casar, palavra com a voz a pedir colo, seguro de caber no meu

- Somos unha com carne ou não somos?

 e não lhe poiso a palma no ombro para impedir que chore. Se calhar engano-me e está sequinho por dentro. Não, não está sequinho por dentro

- Eh pá consigo fico esquisito, padrinho e um grão de ternura, intacto nele, a tremer, a arredondar-se, a transformar-se em lágrima que a manga limpa o que a mão não acaba de limpar

- Tenho uma filha - Uma filha sabia?

puxo de mim - Onde está ela? e a resposta furiosa

- Lá está você a empurrar-me

- Lá está você, carago a detestar-me. Julgo que a faquinha vai vir e não vem, vem um murmúrio

- Padrinho

            a convicção - A gente os dois dávamos cabo disto num gesto panorâmico a abarcar o mundo

- A gente os dois chegávamos e ele, todo côncavo, a chupar o cigarrinho, a chupar. Segue rua abaixo a caminho de uma nova desdita, num passo vagaroso, oblíquo, enredando-se na trela do basset de uma senhora de idade

- Porra de cão e a senhora, de saco de compras, apavorada. Salva-se da trela, continua, vira uma esquina, perco-o. Se o chamasse ajudava? Se concordasse

- A gente os dois dávamos cabo disto

 melhorava? É a lágrima que a manga limpa que me inquieta. Também tenho uma ou duas, escondidas. Só que tão no fundo de mim que não consigo limpá-las. Não faz mal: ninguém dá por isso. E se dessem por isso não davam: de pequeninas que são confundem-se com a pele. Tens razão: unha com carne, afilhado, tens razão, a gente os dois dávamos cabo disto. Algum de vocês tem por aí meio euro que me empreste para enganar a coragem?


de António Lobo Antunes, na revista Visão

 

domingo, 1 de março de 2009

actividade sexual....

A apresentadora de um programa feminino das manhãs da televião, pergunta à D. Irene, uma jovem senhora:
- A senhora pode contar aos nossos telespectadores quais são as actividades de uma típica dona de casa deste bairro?
- Ah, sim...
De manhã, levo os meninos ao colégio. Depois, na volta do colégio, tenho três horas de actividades sexuais...
Então, o meu marido e filhos chegam para o almoço, almoçam; ele volta para o trabalho e as crianças vão fazer os deveres....
Aí, tenho mais algumas horas de actividades sexuais até à noite, quando jantamos e vamos todos para a cama!

- Desculpe, mas a senhora pode explicar-nos em que consistem essas actividades sexuais?

- Ah, lógico, explico sim!

Actividades sexuais é fazer tudo o que é fodido: varrer, lavar o chão, lavar a roupa, arear as panelas, lavar e tratar do cão, arrumar, costurar, passar as roupas, limpar o pó, lavar os vidros....

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Um rapazinho de 8 anos queria ganhar 100 euros
 e rezou durante duas semanas  para Deus.
Como nada acontecia, ele resolveu mandar uma carta para o
Todo-Poderoso com  seu pedido.
Os CTT receberam uma carta endereçada para "Deus-Portugal" e
resolveram entregá-la ao Primeiro Ministro.
O Ministro José Socrates ficou muito comovido com o pedido e resolveu
mandar uma nota de  10 euros para o garotinho, pois achou que 100
euros era muito  dinheiro para  uma criança tão pequena.
O rapazinho recebeu os 10 euros e imediatamente sentou-se para
escrever uma  carta de agradecimento:
-"Querido Deus: Muito obrigado por me mandar o dinheiro que eu pedi.
Contudo, notei que por alguma razão, o Senhor mandou-o através do
Ministro José Sócrates e, como sempre, aquele filho da p... ficou com  90% do que era meu!"
 

quarta-feira, 2 de julho de 2008

ser feliz.......



posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
é atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da própria alma.
é agradecer ao criador a cada manhã pelo milagre da vida.
ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
é saber falar de si mesmo.
é ter coragem para ouvir um "não".
é ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
pedras no caminho ?

guardo todas, UM DIA VOU CONSTRUIR UM CASTELO ...

(f. pessoa)


sexta-feira, 27 de junho de 2008

"A minha próxima vida"







'A minha próxima vida'

Na minha próxima vida quero vivê-la de trás para a frente. Começar morto para despachar logo esse assunto. Depois acordar num lar de idosos e sentir-me melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a pensão e começar a trabalhar, receber logo um relógio de ouro no primeiro dia. Trabalhar 40 anos até ser novo o suficiente para gozar a reforma. Divertir-me, embebedar-me e ser de uma forma geral promíscuo, e depois estar pronto para o liceu. Em seguida a primária, fica-se criança e brinca-se. Não temos responsabilidades e ficamos um bébé até nascermos. Por fim, passamos 9 meses a flutuar num spa de luxo com aquecimento central, serviço de quartos à descrição e um quarto maior de dia para dia e depois Voila! Acaba como um orgasmo! I rest my case.


by W.A.






segunda-feira, 23 de junho de 2008

Imagine there's no heaven,
It's easy if you try,
No hell below us, Above us only sky,
Imagine all the people Living for today...
Imagine there's no countries,
It isn’t hard to do,
Nothing to kill or die for,
No religion too,
Imagine all the people Living life in peace...
Imagine no possessions,
I wonder if you can,
No need for greed or hunger,
A brotherhood of man,
Imagine all the people
Sharing all the world...
You may say I’m a dreamer,But I’m not the only one,
I hope some day you'll join us,
And the world will live as one.

by lennon

How To Get Rid of iron In Well Water

If you're struggling with rusty-looking stains on your sinks, a metallic taste in your water, or concerns about the safety of your well,...