quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Até à 5ª Casa: Crença no taxista | Opinião Digital : Crónica Digital | Diário Digital



Até à 5ª Casa: Crença no taxista
Por Sérgio Diamantino
Até à 5ª Casa: Crença no taxista

 O taxista é alguém que pode contribuir para a alteração de comportamentos na sociedade. Quase tanto como o político.

O taxista é uma mistura de motorista, barman, comentador, até pode servir de psicólogo e guia turístico. O taxista tem em si várias profissões e adapta-se a cada cliente.

É, também, alguém que se pensa dono do asfalto. E é natural que assim seja, pois o trabalho dele é passar centenas de vezes por dia nas mesmas ruas, nos mesmo semáforos e as mesmas rotundas onde o condutor normal passa apenas duas vezes. Claro que o taxista deseja prioridade. Ele sabe que os outros condutores «não estão sempre a passear» mas sabe que ele está «sempre em trabalho».

O taxista buzina e critica comportamentos e desengane-se aquele que pensa que o taxista insulta o condutor. O taxista está a borrifar-se para o condutor. O taxista zanga-se é com a falta de atenção, com a falta de respeito.

Claro que há o taxista que não deixa passar os outros, que pára onde lhe apetece e que quer passar à frente só porque sim. Esse, naturalmente, mancha a reputação dos colegas. Acontece em todas as profissões.

Mas o taxista tem no seu trabalho todo um campo de acção pedagógico. O taxista tem um trabalho que pode ser muito bem aproveitado.

O taxista que entrega ao cliente o telemóvel esquecido no banco de trás marca uma posição para todos os outros taxistas. Fala em nome de todos e dá um ensinamento aos maus colegas (os que querem passar à frente) e que, por isso, mancham a imagem de todos os outros. Mostra aos clientes que o valor do acto de entregar os objectos esquecidos no bando de trás é muito superior ao custo do objecto em si, seja um telemóvel, um computador ou uma carteira.

E dá um ensinamento aos políticos sobre como tratar o eleitor.

Os taxistas tem, literalmente, na mãos o poder de poder ensinar a sociedade. Precisamos continuar a ter mais taxistas a devolver telemóveis e precisamos, urgentemente, de políticos que aprendam com eles.

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