sábado, 24 de janeiro de 2009

Vale a pena ler ...do Ricardo







A Crise - Ricardo Araújo Pereira


Ou estou fortemente enganado (o que sucede, aliás, com uma frequência notável), ou a história de Portugal é decalcada da história de Pedro e o Lobo, com uma pequena alteração: em vez de Pedro e o Lobo, é Pedro e a Crise.

De acordo com os especialistas – e para surpresa de todos os leigos, completamente inconscientes de que tal cenário fosse possível – Portugal está mergulhado numa profunda crise. Ao que parece, 2009 vai ser mesmo complicado.

O problema é que 2008 já foi bastante difícil. E, no final de 2006, o empresário Pedro Ferraz da Costa avisava no Diário de Notícias que 2007 não iria ser fácil. O que, evidentemente, se verificou, e nem era assim tão difícil de prever tendo em conta que, em 2006, analistas já detectavam que o País estava em crise. Em Setembro de 2005, Marques Mendes, então presidente do PSD, desafiou o primeiro-ministro para ir ao Parlamento debater a crise económica. Nada disto era surpreendente na medida em que, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal, entre 2004 e 2005, o nível de endividamento das famílias portuguesas aumentou de 78% para 84,2% do PIB. O grande problema de 2004 era um prolongamento da grave crise de 2003, ano em que a economia portuguesa regrediu 0,8% e a ministra das Finanças não teve outro remédio senão voltar a pedir contenção. Pior que 2003, só talvez 2002, que nos deixou, como herança, o maior défice orçamental da Europa, provavelmente em consequência da crise de 2001, na sequência dos ataques terroristas aos Estados Unidos. No entanto, segundo o professor Abel M. Mateus, a economia portuguesa já se encontrava em crise antes do 11 de Setembro.

A verdade é que, tirando aqueles seis meses da década de 90 em que chegaram uns milhões valentes vindos da União Europeia, eu não me lembro de Portugal não estar em crise. Por isso, acredito que a crise do ano que vem seja violenta. Mas creio que, se uma crise quiser mesmo impressionar os portugueses, vai ter de trabalhar a sério. Um crescimento zero, para nós, é amendoins. Pequenas recessões comem os portugueses ao pequeno-almoço. 2009 só assusta esses maricas da Europa que têm andado a crescer acima dos 7 por cento. Quem nunca foi além dos 2%, não está preocupado.

É tempo de reconhecer o mérito e agradecer a governos atrás de governos que fizeram tudo o que era possível para não habituar mal os portugueses. A todos os executivos que mantiveram Portugal em crise desde 1143 até hoje, muito obrigado. Agora, somos o povo da Europa que está mais bem preparado para fazer face à crise.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

"VÃO-SE DESPIR QUE EU BEM VOS CONHEÇO"


há uns dias atrás dei comigo a ler num jornal desportivo uma opinião de um comentador residente nesse jornal, e o engraçado é que de repente o mesmo me fez lembrar algo que está a acontecer verdadeiramente na sociedade que me rodeia mais de perto. dizia ele ás tantas:
é muito antiga, mas sempre actual, e hoje mais do que nunca, a ideia de que anda meio mundo a enganar o outro meio.
A LEALDADE É UMA QUESTÃO DE MOMENTO E INTERESSE, E NÃO UM VALÔR A PRESERVAR E A PRATICAR NA VIDA DE QUALQUER ASSOCIAÇÃO OU DA SOCIEDADE EM GERAL, A LEALDADE PARA COM PARCEIROS OU COMPANHEIROS VARIA COM OS INTERESSES PESSOAIS E NÃO DE ACORDO COM O INTERESSE DAS INSTITUIÇÕES QUE ESTÃO NUM NÍVEL SUPERIOR. A AMIZADE DEIXOU DE SER UM NOBRE SENTIMENTO ALTRUÍSTA, PASSANDO A SER APENAS A COMPENSAÇÃO DOS FAVÔRES QUE SE RECEBEM,ELOGIA-SE O VIVO CONFORME A OU AS BENESSES QUE ESTE PODERÁ PROPORCIONAR. é esta a sociedade em que vivemos, e não podemos exigir que a sociedade "cooperativista" seja melhor ( mas deveria sê-lo )abundam nela muitos travestis da hipócrisia,os amigos de ocasião, aqueles que só olham permanentemente para o seu umbigo sem respeito pela amizade ou lealdade, ou o mínimo de gratidão pelas instituições de que SE SERVEM sem as servir.
assim sendo compreende-se que haja quem esteja farto. se calhar, em vez de criticar teremos de louvar quem, não aguentando mais o cheiro que exalam por debaixo da mascara, ainda tem força para gritar : "VÃO-SE DESPIR QUE EU BEM VOS CONHEÇO"

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

"DONZELAS"

ontem ápós o apito final dado por um senhor que se diz ÁRBRITO no estádio da LUZ, apareceram umas donzelas (meretrizes) a gritarem aqui del rei que fui ROUBADA, ao que eu saiba não foram partecipados quaisquer roubos naquele espaço desportivo, reportando-me simplesmente ao testemunho da Polícia de Segurança Pública convocada para o local. É engraçado este estado de espírito que certos personagens do sector desportivo da nossa terra teêm quando o azar lhes bate à porta (unica e simplesmente quando o juíz decide "contra"), esquecendo-se por assim dizer de todas as outras vezes que o mesmo bate noutras portas, ou seja, desde que o prejudicado não seja sua exa., os outros que se amolem.
Pois bem eu acho que terem(os) os arbitros que estas donzelas merecem, pois são elas que os escolhem, OU JÁ SE ESQUECERAM DE QUE SÃO AS VOSSAS ASSOCIAÇÕES AS VOSSAS LIGAS E POR AÍ FORA QUE ESCOLHEM OS MENINOS QUE AS MADAMES QUEREM QUE SEJAM OS INTERPRETES DOS VOSSOS JOGUINHOS DE PODER, POIS AGORA AGUENTEM-SE POIS CADA UM TEM AQUILO QUE MERECE E NADA MAIS .
Começo a ficar fartinho desta gente pequenina que só se preocupa unica e simplesmente com o seu rabinho, como dizia um amigo meu MOSTARDA NO CU DO OUTRO PARA MIM É TOUCINHO DO CÉU

e esta .... HEM



"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (...)

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida intima, descambam na vida publica em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na politica portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...)

Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do pais, e exercido ao acaso da herança, pelo primeiro que sai dum ventre - como da roda duma lotaria. A justiça ao arbítrio da Politica, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas;

Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgamando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)"

Guerra Junqueiro, in "Pátria", escrito em 1896

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